Em 1996 fui diagnosticada como sendo portadora de LESÃO POR ESFORÇO
REPETITIVO (L.E.R.), e afastada da Caixa Econômica Federal, por acidente de trabalho.
Dessa data em diante, começa um verdadeiro calvário, pois além de ter que lidar
com a dor que não tem cura, a quantidade de perícias, exames, laudos, programas de
acompanhamento e um sem número de deslocamentos até São Paulo para cumprir as
exigências tanto da empresa como da Previdência Social, é algo descomunal; não se tem
um segundo de descanso, pois a qualquer momento pode haver uma convocação.
Sofro de LER nos dois braços e pescoço, e por isso, não posso ficar muito tempo na
mesma posição, que a musculação dessa região praticamente “trava”; além da dor que
nunca passa, ainda os braços ficam sem movimentos, às vezes por dias, dependendo do
tempo e do esforço a que me submeto. Por aí já é possível imaginar que mesmo uma
simples viagem de 200 km, se transforma numa via sacra.
Existe um chamado “convênio” entre o INSS e as empresas estatais, que permitem
ao RH da empresa administrar a marcação de perícias e encaminhar os resultados, porém
o funcionário que executa essa função, é um bancário que não tem treinamento em
previdência. O resultado disso é óbvio: por seguir o regulamento do Banco e não a Lei, meu
benefício, vale dizer: meu salário, foi cortado.
Sem mais alternativas, ingressei com Mandado de Segurança contra o Gerente da INSS
de São Paulo, a fim de obrigar a autarquia a restabelecer o benefício e determinar que as
perícias fossem designadas para Campinas e não São Paulo como vinha sendo feito.
Se até agora essa epopéia parece algo tirado de uma novela mexicana, agora sim vai
assumir contornos de absurdo total: o juiz concedeu LIMINAR no Mandado de Segurança,
para que se restabelecesse imediatamente o benefício, porém, até HOJE (3 anos depois)
o INSS simplesmente não deu a menor importância ao fato; simplesmente ignoraram a
ordem.
O impressionante disso tudo, não é que o INSS é incompetente e cancela benefícios
de quem precisa, ou que a CEF não se preocupa com funcionários, e coloca num posto
importante como o de convênio, uma pessoa despreparada para a função; o que mais choca
é que, o judiciário, que teoricamente, seria o último refúgio do cidadão comum contra
os desmandos principalmente dos órgãos estatais, também é tratado como se fosse um
indigente pedindo um prato de comida: não se respeita a ordem de um juiz, e este por sua
vez, também não toma providências para se fazer obedecer.
Dessa forma, não é de se admirar o atual estado de violência em que vivemos.
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4 comentários:
Oi linda!!!!!Bom dia..entendo sua revolta e concordo com vc..viver com dores e ler deve ser muito difícil..eu sinto um pouco de durmencia nas mãos..quando faço muito croche ou escovo cabelos(também tenho curso de cabeleireira rsrs)
Mas olha fica certa que estou torcendo por vc e tudo dará certo!
Mil bjs.
Regina..
Pois é... sabes que a minha situação não é diferente da tua.
Hoje é um desses dias em que eu estou com dor até no último ossinho do bumbum.
Fiz exames de sangue e quanto ao reumatismo não foi identificado, mas, acredito que a STC (Síndrome do Túnel do Carpo) tem espalhado essas inflamações pelo meu corpo.
Nossa! Dói até falar!
Acho que no nosso caso, é passar o caso para a TV.
Eu vou me inscrever num desses progranas da vida e ver o que acontece, porque não dá prá ser assim.
Eu estou sem salário, e quem me sustenta é o namorado.
Quando o cara der no pé? O que vai ser d emim?
O INSS se nega a pagar benefício para uma pessoa que tem LER, que tem STC e quem tem artrite e adjacências... rsrsrsrs ...
O negócio é colocar a boca no mundo!!!!
Um beijo companheira!!!
PS.: Nada do correio. Vou ter que ir a agência de novo e ver o que aconteceu!!!!
Nossa que transtorno!! espero que essa pendenga se resolva!
bjinhos
Oi Sônia.
Li seu texto e concordo com a Kátia.
Tem que por a boca no mundo,jornais televisão rádio Juiz que deu concebida a pensão.
Tem mesmo que apelar,Acho o cumulo do absurdo cortar uma pensão de quem prescisa e dão pensão ou seja bolsa familia que serve para pegarem o dinheiro e gastar nas farras e as crianças se contentam com pipas o dia todo quebrando muros e telhas dos visinhos.
Tenta que estou na torcida.
Podes tentar uma aposentádoria.
A DATAPREV aposenta depois de dois anos de encosto.Se não tem cura tenta.
Estilho-lhe as melhoras.
Bom domingo para voce.
bjtos.Nile.
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